Na ponta do peral.

Não me sufoca, me deixa viver, já não sei mais onde pisar, já não respiro mais com meus pulmões, não ando mais com minhas pernas, minhas roupas e minha comida não sou mais eu quem as escolho, meus olhos e minhas mãos estão atadas.
Mais em que direção devo seguir?
Pra onde meus passos vão me levar?
Precipício? Um buraco negro.
Tô na ponta do peral, me empurra pra que eu caia, não segura a minha mão, me deixa cair.
Preciso morrer pra aliviar essa dor, preciso parar de respirar.
Se o certo que eu faço é sempre o errado, não me julga me ensina, não me critica.
Quando mais se precisa, menos ajuda eu recebo, quanto mais eu ajudo mais quebro a cara.
Quando eu apenas precisei de uma palavra, de um afeto você me responde por mensagem.
Como todas as mensagem, recebidas, lidas e deletadas, lixo!
Entrei aqui pra ler alguma coisa pra mim e você que tem de bom pra mim?
Tum, tum, tum desligou mais uma vez o telefone na minha cara, adulta?
Palmas, muitas palmas pra você.
De mim cuido eu, de mim cuida você, de mim? cuida o mundo todo.
E a chave? ta na ignição?
Meias palavras, meias versões, burra eu?
Sim, burra sim, errei, não digo que trancar o carro e esquecer a chave dentro seja burrice, digo melhor, erro meu! Erro 100% meu, isso é mais que burrice.
Cabeça na lua, dia farto, cansada e muito chateada.
Vai pra casa fim da noite e fim das aulas e a chave?
Nãooooooo a chave ta dentro do carro e eu tranquei a porta.
Burra!
E você? Bom, pra você uma boa noite.
No som o DVD do James Blunt - Chasing Time The Bedlam Sessions 2008
07 de maio de 2009. 01:22
Kélly Xavier