“Quanto mais eu penso em lhe deixar mais eu sinto que não posso, pois eu me prendi a sua vida muito mais do que devia…”

terça-feira, 23 de março de 2010

Um dia qualquer.

Ta passando por aqui pra saber o relato do dia de ontem?
Engano seu que eu iria escrever sobre ontem.
Engano nosso, o dia de ontem foi igual ao um dia qualquer,
sem qualquer mexida.
O dia de ontem, só me deu mais sono.
Dormi cedo, assisti o BBB como de costume que por sinal estava chato e melancólico demais,
não tenho mais saco pra ver melancolia de quinta.
Mais sobre o dia de ontem, como se pode ver, normal.
Não tenha surpresas se eu não mais me abalar,
Não tenha esperança se eu não mais te amar.
Não tenha magoa, pq ainda assim existe um sentimento.
Me diga que não tenha sentimento de mágoa,
que ai acredito que o dia de ontem pra você nada significou.
Enquanto ainda houver sentimento qualquer que seja, ainda existe dor.
Ainda existe sentimento de amor.
Me odeie, me odeie cada vez mais,
me odeie o tempo necessário que for.
Enquanto ainda houver ódio, ainda existe o amor.
Ah! e sobre o dia de ontem pra mim,
igual a um outro dia qualquer.
by Kélly xavier

domingo, 21 de março de 2010

Cinco pra uma.

Ali, parado, na rua, eram quase uma da madrugada.
Eu passando, avistei.
Era branco, com uma forte película escura,
na frente da casa,
eram quase uma da madrugada,
pra ser exata,
era cinco pra uma da madrugada,
sei pq olhei no painel do carro.
Olhei a placa com a vista embaçada,
mal pude ver mais estava escrito, Criciúma (SC).
Respirei e pensei,
guardo os meus pensamentos pra mim.
Na Br vim voando,
de lá aqui, fiz em uma hora e cinco minutos,
eu precisava de ar.
by Kélly Xavier na musica Kid Abelhas - No Seu Lugar

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um minuto.

Basta apenas eu me isolar,
Basta apenas eu me calar,
deixar meus pensamentos vagarem mundo à fora.
Os problemas não evaporam desta forma,
os problemas apenas se calam por minutos.
Vou dormir então, quem sabe passa.
Mais que problemas, se eu vivo sorrindo?
Aparência meu irmão.
by Kélly Xavier

sábado, 13 de março de 2010

Pra onde estou indo?

Saudade dos tempos bons que não voltam mais,
Saudade das tardes ensolarada,
do cheiro de café vindo da cozinha logo após o almoço.
Saudade das noites de segunda, quando minha única preocupação era assistir a Dawson's creek.
Das noites de quarta-feira quando passava The O.C. na Tv e dos outros milhões de seriados que eu adorava.
Saudade de ter os pés no chão,
e me sentir segura quando algo desse errado.
Saudade de correr pra casa na hora do almoço e ter a comida quentinha na mesa.
Eu tinha que apenas viver,
seguir as regras deles e mesmo assim,
eu lutava e relutava.
"Ah,um dia você vai saber o quanto doí uma saudade" - disse minha vó pra mim.
Não dei tanta bola,
como outras coisas, não dei tanta bola,
deixei passar.
Deixei passar pq acreditava que jamais iria perde-las, acreditava que elas seriam pra sempre.
Mais como diz a música, "o pra sempre, sempre acaba".
E agora quem vai me contar sobre meu passado?
Quem vai repetir que eu chorava pra ir a escola?
Quem vai brigar comigo pra emprestar o carro?
Quem vai cuidar de mim quando eu ficar doente?
A vida continua, alguém me disse.
É, a vida continua, pra onde estou indo é que eu não sei.

by Kélly Xavier 13 de março de 2010.
O som que toca If you leave - Nada surf

terça-feira, 9 de março de 2010

Qual o segredo da felicidade?

No silêncio da minha casa, na baderna do meu quarto ...
Me cansei de tanta calmaria,
Ligo o som, as mesmas canções,
as mesmas recordações.
Pra esquecer ligo a Tv,
Closer, era o nome do filme,
não tem, não da.
Tantas palavras pra dizer e nada pra falar.
Me enrolo em desculpas,
me perco em caminhos marcados por pegadas.
me esqueço de onde estou.
Sombras de um passado ainda iludem meu presente.
Um passado não mais presente.
Se é que me entende?
ou não?
E pra completar a questão,
"Se a gente não tivesse feito tanta coisa,
Se não tivesse dito tanta coisa,
Se não tivesse inventado tanto
Podia ter vivido um amor Grand' Hotel.
...
Será preciso ficar só pra se viver? (Kid Abelha - Grand' Hotel)*"
Um meio à meio, pra relembrar.
by Kélly Xavier e no som adivinha? Kid Abelha



sábado, 6 de março de 2010

A quem possa interessar.

Minha Lambreta amarela, desço pela estrada a quase 200 por hora, vento deslizante frio em meu rosto.
Vou correndo pra não perder tempo.
Vou quase voando, vou querendo chegar a tempo.
Tempo de ouvir você me chamar, vou correndo pensando que vou agradar.
A quem quero enganar?
Minha lambreta amarela, teu sorriso amarelo, tua força maior.
Tua força desprezível, fez eu me arrepender.
Lágrimas no rosto escorregam, palavras martelam em meus pensamentos, a dor sem fim.
Agonia de voltar de onde eu nem deveria ter saído.
Outra noite, outro dia, a qualquer hora eu vou te encontrar,
Não quero mais te esperar, sentimento varrido,
deixado levar com o vento na lambreta amarela.
Recomeço, futuro, ganância.
Mais uma vez, à 200 por hora na magrela, lambreta, mobilete, ou seja la qual Burgman que for, quero é sentir o vento na cara e deslizar essas estradas à fora.

by Kélly Xavier.
no som Mauricio Manieri - Sua Canção

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mãe.

As vezes fico esperando você chegar.
Outras horas me pego chorando de saudade.
Sem querer faço planos contando com você.
A casa, o vazio que ficou.
Tudo mais uma vez.
Me recordo dos planos que íamos realizar quando você ficasse boa.
Me recordo dos teus passos.
Me vejo nos teus passos.
Chorar sozinha já virou rotina.
Pesadelos, saudade, medos, tudo isso já virou rotina.
Cubro meu rosto com a máscara do sorriso, o famoso e falso sorriso.
- Como você esta? (alguém me pergunta).
As mesmas respostas.
Já me cansa de tanto fingimento.
Fico contando as horas pra voltar pra casa.
Quero meu canto,
quero meu quarto.
Quero voltar no tempo e te abraçar e dizer tudo aquilo que ficou por dizer.

by Kélly Xavier 01 de março de 2010.
a música Bruno e Marrone - Quando você quiser


Descendo degraus.

Um grito no escuro.
Do outro lado da linha, sem saber ao menos quem eu era, vomitou milhões de ofensas.
Do outro lado da linha, era só um favor pra fazer.
Do outro lado da linha, a pobre velha sem carater, vomitou seu desespero.
Sem ao menos saber quem eu era.
Pobre velha sem educação.
Deste lado da linha era eu na ligação.
Me calei devido a situação ou me calei por educação.
Me calei talvez pq o cliente tenha sempre razão.
Nunca vi velha tão mal amada.
Nunca vi velha tão malcriada nessa idade,
Bom é velha, nada faz o dia todo.
É velha?
Não, é uma pobre coitada,
Jamais vou desculpa-la.
Sou de escorpião, ser vingativa é meu veneno.
Quero mais é que ela viva o suficiente pra lavar a boca das coisas que me falou,
sem que eu retrucasse uma virgula.
Venho de família com muita educação.
Eu tenho muita educação.
Educação é meu sobrenome.
Velha?
Não!
Velhos ou idosos,
Todos tem o meu eterno, carinho, admiração e respeito.
Mais essa pobre coitada, que se dane,
Jamais terá meu perdão.
Minutos depois, na linha a mesma velha chorando, implorando desculpas.
Já não era mais eu a ouvir os lamentos, os apelos de desculpas da maldita velha arrependida.
Já passou, foi feito, foi dito e engolido.
O gostoso é saber que a maldita velha completamente envergonhada e arrependida, chorava.
Chorava pedindo desculpas.
Ainda não é suficiente para um escorpião vingativo.

by Keh Xavier
Na vitrola Maroon 5 - She Will Be Loved

Quando eu me calo.

Quando eu me calo, eu respiro.
Respiro fundo e penso.
Quando eu penso, eu vejo.
Vejo a força do meu poder.
Vejo a angústia de um inimigo, vejo as dores da perda.
A inteligência e o desespero do meu rival.
Quando me calo, eu respiro, e o faço perder a linha.
Faço acreditar que o mundo é dele.
Não soletro uma sílaba, apenas respiro.
Deixo o tempo passar,
Deixo as lágrimas caírem,
Deixo o tempo falar por mim.
Tempo, cruel e doloroso.
Tempo invencível, tempo invisível.
Não me dê tempo, pois sou um ser muito paciente.
Tempo pra administrar,
Tempo pra superar.
Tempos de vitória.
Trago meus inimigos na base do tempo.

by Keh Xavier
No som rola, Kelly Clarkson - Because of you